Quaresma!
É difícil fazer o mundo compreender que a penitência da Quaresma é para fazer bem a nós mesmos.
O cristão vive, não para a Quaresma mas para a Páscoa, não para a Paixão mas para a Ressurreição.
O mundo também quer a Páscoa e a Ressurreição. Assim, neste mundo são a Quaresma e a Paixão que distinguem os cristãos na sociedade. O que os distingue é, não a finalidade última, a felicidade, mas o meio de lá chegar, a penitência. A sociedade vive embevecida numa ilusão de plástico, numa falsa Ressurreição, numa Páscoa sem Paixão.
Os cristãos são os únicos que sabem que a única verdadeira Ressurreição exige antes a Paixão. Por isso somos os únicos que vivemos a Quaresma. O mundo quer, como nós, a alegria da Ressurreição, mas acha que pode chegar lá sem passar pela penitência da Quaresma.
Por isso, quem quer viver a Quaresma a sério sente-a, não como uma opção entre múltiplas alternativas livres, mas como um estranho corpo aberrante, opondo-se ao monótono conformismo que a capa de liberdade esconde.
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