O ABC das abelhas...
Às vezes perguntam-me porque é que me apaixonei por este mundo das abelhas. Sinceramente são daquelas coisas que não se conseguem explicar.
Já sou aplicultor à 7 anos, tenho um colmeal com alguns milhões de abelhas e gostava de vos incutir não só um gosto por esta arte bem como saciar muitas vezes a curiosidade que este mundo suscita.
Vi este artigo de Fernando Estevão tendo como fonte uma página que desde já vos aconselho para futuras consultas que é: http://abelha.paginas.sapo.pt e resolvi satisfazer algumas curiosidades e questões com as quais muitas vezes sou abordado. Talvez assim compreendam este meu fascínio!
Desfrutem...
"Insecto da ordem dos himenópteros, da família das apídias, antrófilas ou melíferas, que engloba cerca de 500 espécies conhecidas, umas vivendo isoladas – abelhas solitárias -, outras reunidas em grandes sociedades ou enxames – abelhas sociais.
A espécie primeiramente conhecida e que se encontra mais espalhada na Europa é a Apis Melifera. Esta abelha tem-se propagado nos últimos séculos pelas duas Américas, Austrália e África do centro e sul, constituindo a base das explorações apícolas nesses continentes. O corpo da abelha divide-se em cabeça, tórax e abdómen; dois grandes olhos facetados e três pequenos olhos simples, e a boca compreende um lábio inferior móvel, um par de mandíbulas que servem para a colheita do pólen e mastigação da cera, e uma trompa complicada, formada pela língua, pelo lábio inferior e pelos dois maxilares, com a qual sorvem a água e os néctares das flores.
O tórax das abelhas obreiras tem três pares de patas, tendo as duas posteriores uma colher ou fosseta escavada na tíbia, onde as abelhas acumulam o pólen e o própolis; nos fémures de todas as patas vêem-se uns tufos de pelos ou escovas, que servem para colher o pólen, e também sobre as tíbias outros tufos de pelos que servem às abelhas para limpar os olhos e as antenas quando estas se sujam de pólen. Prendem-se no tórax dois pares de asas.
O abdómen é formado por seis anéis, pouco móveis, entre os quais e na face central se encontram quatro pares de glândulas que segregam a cera. O aparelho digestivo das abelhas é formado pelo esófago, que continua a trompa pelo papo, onde se acumula o mel até que a abelha o lança no fundo do favo, pelo estômago e pelo intestino.
Como órgãos anexos tem este aparelho várias glândulas salivares, das quais o primeiro par produz uma saliva que, misturada com o mel e o pólen, serve para fazer um caldo ou papa com que são alimentadas as larvas, um segundo par, cuja saliva serve para melaxar a cera, e um terceiro par, cuja secreção a abelha mistura ao mel juntamente com uma gota de ácido fórmico, para que melhor se conserve nos favos. Este ácido fórmico é elaborado numa glândula localizada na base do aguilhão ou dardo, e constitui a base do veneno injectado pelo aparelho vulnerante da abelha, quando esta agride.
As abelhas sociais vivem em enxames, que são formados por três espécies de indivíduos: as mães, abelhas mestras ou rainhas, os zângãos ou machos e as obreiras. A quase totalidade da população do enxame é formada pelas obreiras, que são fêmeas com o aparelho genital atrofiado, além destas, notam-se alguns zângãos ou machos, e uma única fêmea fecunda (normalmente), que é a rainha."
Fernando Estevão
2 comentários:
No meio de tanto mel, já sei porque és tão doce...B
O dificil, dificil é distingui-las. Quem será a abelha rainha? Quais serão as obreiras? Quem são os machos????
No entanto é sempre interessante saber como é que se faz o mel, e como é o mundo do mel.
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