Nas profundezas do mar...
"Mergulho num mar imenso que, aos poucos, me vai sufocando. Tento pedir ajuda, mas a minha voz esconde-se num lamento que me impede de o fazer. Vejo-me rodeada por um cenário que me atormenta, e incomoda-me aquele silêncio das águas que, aos poucos, me vão afogando.
No meio do mar distinguem-se as minhas lágrimas, que vão caindo sobre o meu rosto sem se desfazerem. A morte é dolorosa. Lenta. Cruel. Começa-me a faltar o ar. Tento ir ao de cima, mas há uma força, mais forte do que eu, que me prende nas profundezas do mar. Esforço-me por manter os olhos abertos. E, de momento, a única coisa que se mantém viva é a minha memória. As imagens são nítidas. Recordo-me dos mais belos momentos; dos imensos sorrisos que esbocei; da felicidade que tinha em percorrer aquele prado só nosso… recordo-me do teu sorriso traquina, dos teus olhos doces, do teu rosto tão delicado e do teu jeito de criança. Fazes-me falta. A tua inocência consegue-me acalmar. Eras o meu anjo. És o meu anjo.
Agora, vão-me falhando as forças e, por mais que tente, os olhos vão-se fechando. Começo a entrar numa escuridão. Num beco que já não me assusta, porque começo a deixar de sentir.
Os olhos fecham-se, de vez. Entro, por fim, num sono profundo e deixo-me levar pelas águas."
in "http://mundoajanela.blogspot.com"
No meio do mar distinguem-se as minhas lágrimas, que vão caindo sobre o meu rosto sem se desfazerem. A morte é dolorosa. Lenta. Cruel. Começa-me a faltar o ar. Tento ir ao de cima, mas há uma força, mais forte do que eu, que me prende nas profundezas do mar. Esforço-me por manter os olhos abertos. E, de momento, a única coisa que se mantém viva é a minha memória. As imagens são nítidas. Recordo-me dos mais belos momentos; dos imensos sorrisos que esbocei; da felicidade que tinha em percorrer aquele prado só nosso… recordo-me do teu sorriso traquina, dos teus olhos doces, do teu rosto tão delicado e do teu jeito de criança. Fazes-me falta. A tua inocência consegue-me acalmar. Eras o meu anjo. És o meu anjo.
Agora, vão-me falhando as forças e, por mais que tente, os olhos vão-se fechando. Começo a entrar numa escuridão. Num beco que já não me assusta, porque começo a deixar de sentir.
Os olhos fecham-se, de vez. Entro, por fim, num sono profundo e deixo-me levar pelas águas."
in "http://mundoajanela.blogspot.com"
1 comentário:
É mergulhando nos cumes da profundeza humana que encontramos os maiores desafios.
Beijitos
Ju
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