quinta-feira, abril 21, 2005

Como se mede uma pessoa?!


Beyond measure
Originally uploaded by Coffee Break.

Os tamanhos variam conforme o grau de envolvimento.

Ela é enorme quando fala do que leu e viveu, quando te trata com carinho e respeito, quando olha nos olhos e sorri.

É pequena quando só pensa em si mesmo, quando se comporta de uma maneira pouco gentil, quando fracassa justamente no momento em que teria que demonstrar o que há de mais importante entre duas pessoas: a amizade.

Uma pessoa é gigante quando se interessa pela tua vida, quando busca alternativas para o teu crescimento, quando sonha contigo. Uma pessoa é grande quando perdoa, quando compreende, quando se coloca no lugar do outro, quando age não de acordo com o que esperam dela, mas de acordo com o que espera de si mesma.

Uma pessoa é pequena quando se deixa reger por comportamentos clichês.

Uma mesma pessoa pode aparentar grandeza ou miudeza dentro de um relacionamento, pode crescer ou decrescer num espaço de poucas semanas: será ela que mudou ou será que o amor é traiçoeiro nas suas medições? Uma decepção pode diminuir o tamanho de um amor que parecia ser grande. Uma ausência pode aumentar o tamanho de um amor que parecia ser ínfimo. É difícil conviver com esta elasticidade: as pessoas se agigantam e se encolhem aos nossos olhos. Nosso julgamento é feito não através de centímetros e metros, mas de acções e reacções, de expectativas e frustrações.

Uma pessoa é única ao estender a mão, e ao recolhê-la inesperadamente, se torna mais uma. O egoísmo unifica os insignificantes. Não é a altura, nem o peso, nem os músculos que tornam uma pessoa grande. É a sua sensibilidade sem tamanho!

2 comentários:

Anónimo disse...

A grandiosiadade de um ser está no mais pequeno dos gestos, na mais pequena das palavras, na mais simples atitude, ou, simplesmente, num sorriso, num olhar, naquele abraço que te agarra ao mundo, no momento certo, no lugar oportuno.

Anónimo disse...

A vida tem os seus percursos, as suas encruzilhadas. E há, para além dos instantes frágeis do prazer e dos vislumbres de alegria, para além das gargalhadas sonoras e genuínas que se vão perdendo, uma dor pessoal e universal, um sofrimento purificador e cristão, a lição da vida verdadeiramente sentida, vivida e imaginada.
Vale a pena ser pessoa. E compreender a dor da vida. E conhecer o silêncio e a água dos olhos. E não interpretar o sofrimento como um castigo do Céu, mas como uma aprendizagem da Terra. Assim, a medida depende exclusivamente da guarra que se coloca na vontade de querermos ser PESSOA em todo o seu ser!