quarta-feira, junho 20, 2007

Ignorância e Saber



"Como um cego ignora a mão que o conduz,
Quem é feliz na escuridão, não carece de luz.
E atira ao espelho a Juventude que escorre
Por entre os passos de uma multidão que corre.

Dizem que a mentalidade traz a sabedoria,
Mas também traz a solidão e a melancolia,
E a mesma efemeridade que traz a experiência,
Também traz a ilusão e a demência.

Momentos há em que nos procuram inocentemente.
Se os não ajudamos, não sabemos o suficiente;
Se lhes damos conselhos que não entendem,
Dizem que não percebemos o que sentem.

Dizem o que querem ouvir,
Mas não ouvem o que querem dizer!
Será assim tão difícil consentir
Que um jovem fale com saber?

Oh Lua, como suportas esta ignorância,
Há tanto tempo, com a mesma tolerância?
Admiram essa tua simples existência
Por confortar esta complexa essência
Que, aparte de ti, recaí sobre o seu ser,
Tão frágil quanto ignorante até morrer."
Auron Wintermoon

1 comentário:

Anónimo disse...

"Só sei que nada sei" Sócrates
O poema que escolhes-te é bonito e vai directo ao âmago da questão. A Ignorância precede o Saber dando-lhe sentido. Só o Ignorante acha que sabe tudo.

beijito

Ju