sábado, fevereiro 27, 2010

in(temporal)

“Ele não era senão um barco perdido ao longe na calma do mar. Há, sem dúvida, Senhor, uma outra escala de onde esse pescador, lá naquele barco, me pareceria chama fervorosa ou nó colérico, puxando das águas o pão do amor por causa da mulher e dos filhos, ou o salário de fome. Ou então mostrar-se-ia a mim o mal de que padece e que o invade ou queima. Pequenez do homem? Onde vês pequenez? Não medes o homem com uma fita métrica. É, ao contrário, quando entro no barco, que tudo se torna imenso”.

Saint-Exupéry in Cidadela(1948)

1 comentário:

Marlene Lopezzz disse...

...continuo a dizer que devia partilhar os seus pensamentos com mais gente! Viveríamos todos em harmonia ;)